The Kid
"A ação é geralmente mais
entendida do que palavras..”
(Charlin Chaplin)
Dizer adeus é isto. Uma ausência inexplicável , um terror absoluto que
nenhuma racionalidade controla, quando nos exigem que se tire do coração alguém
que amamos. Prescindir dessa aceitação incondicional e positiva que são os
afectos, desse, amor humano é mais do que se pode suportar. Na infância, os
afectos garantem a sobrevivência, para as crianças nada é anormal. Os laços
afectivos são fortes e duradores com as figuras afectivas que saem ao seu
encontro. E, cada um, tem apenas e exactamente aquilo que cultivou, as crianças
não têm memória de classe social, credo ou religião, só têm um “ melhor amigo
”e dele querem obter protecção.
Nesta incontornável e inolvidável imagem cinematográfica , não estamos só a ver um filme, estamos a ser
vistos por ele. Estamos, também, a criar e a recriar um emaranhado de
interacções, de comportamentos e de vínculos. Não, de um mundo abstracto mas
sim de pessoas concretas, com quem se
estabelece uma intimidade amorosa
e a construção de uma relação emocional única. Que fica.
A infância, não vê nada dissociado
e constrói um mundo relacional apoiado em afectos. Tudo com o amor, cumplicidade, honestidade, humildade e
simplicidade. Esta obra de charli Chaplin, mostra que o cinema mudo nunca foi
partidário do silêncio absoluto, trouxe magia á tela e uma intensidade vital.
Uma mímica e um alcance de imagem que
nunca ficaram reféns da habilidade
da tecnologia sonora. Esta foi a sua
maturidade; uma acção ter a
possibilidade de ser; “ mais entendida..”. Na minha opinião.
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