sábado, 11 de outubro de 2014



 
The Kid
"A ação é geralmente mais entendida do que palavras..”
(Charlin Chaplin)
Dizer adeus é isto. Uma ausência inexplicável , um terror absoluto que nenhuma racionalidade controla, quando nos exigem que se tire do coração alguém que amamos. Prescindir dessa aceitação incondicional e positiva que são os afectos, desse, amor humano é mais do que se pode suportar. Na infância, os afectos garantem a sobrevivência, para as crianças nada é anormal. Os laços afectivos são fortes e duradores com as figuras afectivas que saem ao seu encontro. E, cada um, tem apenas e exactamente aquilo que cultivou, as crianças não têm memória de classe social, credo ou religião, só têm um “ melhor amigo ”e dele querem obter protecção.
Nesta incontornável e inolvidável imagem cinematográfica ,  não estamos só a ver um filme, estamos a ser vistos por ele. Estamos, também, a criar e a recriar um emaranhado de interacções, de comportamentos e de vínculos. Não, de um mundo abstracto mas sim de pessoas concretas, com quem se  estabelece  uma intimidade amorosa e a construção de uma relação emocional única. Que fica.
A infância, não vê nada dissociado e constrói um mundo relacional apoiado em afectos.  Tudo com o amor, cumplicidade, honestidade, humildade e simplicidade. Esta obra de charli Chaplin, mostra que o cinema mudo nunca foi partidário do silêncio absoluto, trouxe magia á tela e uma intensidade vital. Uma mímica e um alcance de imagem  que nunca ficaram  reféns da habilidade da  tecnologia sonora. Esta foi a sua maturidade; uma acção  ter a possibilidade de ser; “ mais entendida..”. Na minha opinião.




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