“ The Dreamers
“
“Some men see
things the way they are and ask ‘why’?
Others dream of what’s never
been and ask ‘why not’?”
(Robert F. Kennedy)
Sabem, aquela definição da Droga, como substância magnetizante,
estimulante, provocadora, inspiradora, eufórica e fascinante? No fundo, uma
exposição generosa que percorre, sem vergonha, todas as nossas fantasias? Mais,
a ideia de uma curiosidade arrebatadora,
por uma solução ilusória que não nos faça, temer a densidade e a impureza do
“alimento”, mas sim a impureza da avidez ?
Significa que,
tudo, deve, ser explorado, através de experiências individuais, de consumos,
que nos prometam euforia e satisfação, porque todos os objectos que consumimos
não são conclusivos. E praticar isto, ás vezes, sem afectos, que, como dizia
Léautaud; são, o “amor dos mornos”.
Para escapar,
por momentos, á panóplia de decepções das várias decomposições da vida burguesa,
da vida conjugal, dos costumes, da moralidade convencional e das suas
transgressões na sociedade moderna e pós- moderna, é preciso viver uma
inquietação, e
uma instabilidade assistida, que propícia, “movimentos” sofisticados e
polémicos com “ roteiros”, que esperamos, que nos tornem mais completos, por
conseguirmos ir até onde ainda não tínhamos ido e tocar onde ainda não tínhamos
tocado. È desta promessa de satisfação final, que se fazem as grandes procuras.
Devo muito, a alguns “ perigosos” e “elouquecidos”
“babitantes”, de experiências ousadas, como por exemplo, o cinema de Bernard
Bertolluci, ou Stanley Kubrik, que me criaram a necessidade de, privar com a
“transgressão” versus “convenção”. Foi graças; a “ 1900” ; a “ La Luna”; ou á “ Laranja Mecânica”, que eu me lembro, de ter uma, experiência
individual, arrogante e gélida, falsa e assistida por várias satisfações. E foi,
pela mão, precisa destes comparsas e figurantes episódicos, que assinalam muita
ambiguidade e invertem as questões, que eu por momentos entrei no mundo deles.
Por curiosidade. Por
intensidade. Foi graças, a estas experiências, por mundos de memórias e
contradições, de angustias breves e de majestosas epifanias, que eu me lembro, de
ter outras vidas possíveis, sem destinos fixados. Tal como; "Lucy in the Sky With diamonds”. Depois dos
Beatles.
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