sábado, 11 de outubro de 2014




 
“ every  time the suns comes down, my love comes down for you”
( in “ os ultimos dias de Pompeia E.G Bulwer-Lytton )
Quando as lavas de um adormecido Vesúvio ressurgem petrificando para sempre o quotidiano e as riquezas dos seus habitantes, outra coisa ganha vida; as mudanças feitas pelos heróicos personagens de Pompeia, entregues ao desfrute de alegres e imponentes imagens de prazer.
  E assim, ganham vida, as histórias atribuladas e os factos relevantes dos grandes amores. Por quem? Por mulheres com presenças naturais e mitológicas aparentemente acessíveis, autónomas libertas e desinibidas. São mulheres que reinam em romances marcados pela eterna busca de valores superiores que ultrapassem a própria história. Outrora, vítimas dos valores em decadência do Império Romano e ontem e hoje eventualmente atidas a outros abusos, que nunca as impediram de triunfar como beldades insolentes.
Mulheres de pés descalços, lábios abertos com decotes e lencinhos. Alegres e sensuais. Raparigas de casa, da praia, do mar, da vida. De toda a vida. Representam a juventude que teima em ficar pelo impudor, pelo riso furioso, pelos movimentos e apetites. São imprevisíveis e transtornadas, nos gestos do quotidiano.
 E principalmente aceitam o desejo dos homens a quem entregam  a “ chave”. Por vontade, não por submissão. Neste equilíbrio entre o mistério e a perdição são elas que reinam. Há mulheres destas assim. Eternamente modernas

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