“ every time the suns comes down, my love comes down
for you”
( in “ os ultimos dias de Pompeia E.G Bulwer-Lytton )
Quando as lavas de um adormecido
Vesúvio ressurgem petrificando para sempre o quotidiano e as riquezas dos seus
habitantes, outra coisa ganha vida; as mudanças feitas pelos heróicos
personagens de Pompeia, entregues ao desfrute de alegres e imponentes imagens
de prazer.
E
assim, ganham vida, as histórias atribuladas e os factos relevantes dos grandes
amores. Por quem? Por mulheres com presenças naturais e mitológicas
aparentemente acessíveis, autónomas libertas e desinibidas. São mulheres que
reinam em romances marcados pela eterna busca de valores superiores que
ultrapassem a própria história. Outrora, vítimas dos valores em decadência do
Império Romano e ontem e hoje eventualmente atidas a outros abusos, que nunca
as impediram de triunfar como beldades insolentes.
Mulheres de pés descalços, lábios
abertos com decotes e lencinhos. Alegres e sensuais. Raparigas de casa, da
praia, do mar, da vida. De toda a vida. Representam a juventude que teima em
ficar pelo impudor, pelo riso furioso, pelos movimentos e apetites. São
imprevisíveis e transtornadas, nos gestos do quotidiano.
E
principalmente aceitam o desejo dos homens a quem entregam a “ chave”. Por vontade, não por submissão.
Neste equilíbrio entre o mistério e a perdição são elas que reinam. Há mulheres
destas assim. Eternamente modernas
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