domingo, 28 de dezembro de 2014
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
sábado, 6 de dezembro de 2014
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Late,
1970´s
A stripper visits the Trading floor of de
Toronto Exchange
Sem estabelecer um objectivo, preciso ou desejo
de aceitação, a cultura da década de 70 vive uma subversão não coerciva dos
costumes, plena de movimentos e factos
que ajudaram a enterrar definitivamente as ilusões da década de 60 e a
abrir espaço ao crescente tom hedonista dos anos vindouros. Uma cultura agressiva
e pragmática.
Spielberg doing the first Indiana Jones 1980
Gosto pelos volumes, pela combinação
de formas e cores extravagantes com o recurso a uma intensidade energética nunca vista. São, ao anos
80, herdeiros da crise do estado social. Pretende-se, também no cinema, improvisar
crescimento e competitividade tal como nas restantes áreas da sociedade. O
cinema, tem a necessidade de apresentar exigência
e superação no desempenho, para reflectir produtividade. E esta atitude é
torna-se insuperável no estilo com recurso á reciclagem de géneros
cinematográficos antigos. Estamos no Pós-Modernismo com tecnologia e
massificação a proporcionar uma “volta ao Futuro “ a toda a gente.
sábado, 29 de novembro de 2014
“ eyes Wide Shut”
Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter,
lançaram nos anos 90, a banda Daft PunK para
tocarem em
trajes robóticos e com sonoridades elecritizante. Random Access Memories
foi o álbum que, em 2013 assinalou a musica Get Lucky, em parceria com o musico Pharrell Willliam capaz de produzir um sucesso Mundial. Produção PunK de efeitos visuais excêntricos e
incorporados nos temas musicais. Sem que o publico lhes conheça o olhar.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Avenida Sonora
Musicalidade e
corporalidade, uma experiência sensível que se vive
em dois corpos com continuidade
de um no outro.
O violoncelo é
dedicado ao feminino pelo encaixe. Têm-se, uma experiencia musical plena de
sensualidade. Entre pernas. Os instrumentos musicais podem também apropriar –se
de outras partes do corpo; podem ter
braço, boca, língua desde que toquem uma
“ musica com forma de mulher ..” como disse Vinicius de Morais.
Há mulheres, de
vários instrumentos ; mulheres guitarra
, mulheres violão, mulheres violino , mulheres violoncelo , mulheres
contra-baixo . A musica está para elas como o “ ponto de reunião de muitas
vozes “. E que estas , deixem a tristeza á porta do seu corpo, para nada
temerem, “ ….em busca de uma harmonia nova”.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Portugal visto por um Trendsetter
Fora da promoção “ mainstream” do Turismo, e graças a um trabalho de divulgação integrado, entre
a internet e alguns elementos decisores da comunicação social internacional,
Portugal ficou conhecido pela oferta de lugares, cool, trendy, hipster com atractivos
eclécticos que resultam num boom de visitantes a destinos como Lisboa e Porto e
outros must.
Um case Study; é assim que Portugal é actualmente visto pela Organização
Mundial de Turismo apresentando um crescimento de visitantes ao nível do dobro da média
global. Portugal é hoje uma “ Audiência Turística”; “um next big think”. Planetário.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Desde 1984, uma revista, que esteve para o melhor da música e das várias
manifestações estéticas das épocas que a precederam. Ensinou a geração de 80 a
ser consumidora de uma cultura autónoma, através da música do cinema e do
teatro. Abriu um espaço de democracia e liberdade sem submissão á cultura
mainstream antecipando a atitude participativa dos chats da internet. Blitz é um
motivo a coleccionar.
“It always seems
impossible until it's done”
Nelson
Mandela
Estes óculos foram colocados na marginal de
Sea Point, na direcção de Robben Island
para que todos os olhares possam prestar o tributo a quase vinte anos de
Democracia na Àfrica do Sul.
"…)
Sem Mandela, e sem a sua bondade, o seu sacrifício e a sua insubmissão, a
África do Sul teria sido um território de extermínio depois do apharteid,
depois de ter sido o da crueldade durante o apharteid. Sem a sua grandeza
moral, intelectual, política, metafísica, não haveria África do Sul, nem esta
nem outra. Seria mais um Estado falhado, com uma guerra civil que se arrastaria
até à exaustão dos guerreiros, muitos anos e muitos cadáveres mais
tarde.(…)"
Clara Ferreira Alves
domingo, 9 de novembro de 2014
“ Viva lá Libertá “
Egocêntrico, Casanova é uma personagem
imortalizada a quem ninguém recusa, ou deve recusar a proposta. Uma áurea, mágica
envolve uma vida de debochado,libertino, coleccionador de mulheres . As vezes
escroque, mas sempre um conquistador empedernido. O que o move é uma raiva
explosiva por um jogo de dissolução em figura romanesca.
E livre, Casanova não tem melancolia, porque
esta altera a nossa percepção, os nossos sentimentos e chega, para nos avisar.
Os requintes da devassidão são para dar em quantia exacta e reanimam as
próprias forças que o esmorecem, quando aparece alguém com temperatura
positiva.
Protagonizado por John Malkocich e filmado
integralmente em Portugal, “ As Variações de Casanova”, têm muitas memórias inebriadas de luxuria, diluídas
pelas operas de Mozart. È possível que alguém ganhe. È provável que percam
todos. E “... neste ascendente da virtude …beijam-se nas bocas e
renova-se a homenagem”. ( in Justine, Marquês de Sade)
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
“ Ageless”
Mafalda, tem oito anos mas já
; “ recusa o mundo tal como ele é “ como a descreveu Umberto Eco em 1969. Esta
heroína tem a produção de Quino, um Argentino,que através da personagem,
constroí a imagem comportamental da classe média Argentina, em franca ascensão.
Em Portugal, chega em 1970, e,
subitamente, põe-nos a conviver com as
suas acertadas tiradas. Umas vezes, sobre a possibilidade de nos entendermos todos melhor,outras com a
necessidade, de deixarmos de tratar mal
o planeta. Prima pela actualidade. Os
perigos repetem-se nas sociedades e o mal estar existencial assiste-nos, hoje, até mais do que na década
de 70. Após 50 anos, Mafalda, não perdeu a
sátira. Podia continuar. Pois qualquer sociedade precisa de imaginação e da vontade de recriar repetidos
achados visuais que nos elevem da “ vida Habitual”.
Agora, é ocasião, para uma edição comemorativa
que celebra a sua obra integral. sempre com um humor sapiente que dá a possibilidade de nos distanciarmos,
das castas falsas e satisfeitas. Que estes personagens nunca se achem esgotados.
Charles de Gaulle, dizia que; o seu único rival em plano
internacional era o Tim Tim.
Ter auto-ironia, ser corajoso e frontal e
principalmente ir um pouco mais além da competência tecnocrática é sempre
desejável no exercício de cargos públicos, principalmente porque levam á
intervenção em estimável tempo útil. Há outras virtudes que podem fazer um bom
político mas não são tão boas.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
“ The Dreamers
“
“Some men see
things the way they are and ask ‘why’?
Others dream of what’s never
been and ask ‘why not’?”
(Robert F. Kennedy)
Sabem, aquela definição da Droga, como substância magnetizante,
estimulante, provocadora, inspiradora, eufórica e fascinante? No fundo, uma
exposição generosa que percorre, sem vergonha, todas as nossas fantasias? Mais,
a ideia de uma curiosidade arrebatadora,
por uma solução ilusória que não nos faça, temer a densidade e a impureza do
“alimento”, mas sim a impureza da avidez ?
Significa que,
tudo, deve, ser explorado, através de experiências individuais, de consumos,
que nos prometam euforia e satisfação, porque todos os objectos que consumimos
não são conclusivos. E praticar isto, ás vezes, sem afectos, que, como dizia
Léautaud; são, o “amor dos mornos”.
Para escapar,
por momentos, á panóplia de decepções das várias decomposições da vida burguesa,
da vida conjugal, dos costumes, da moralidade convencional e das suas
transgressões na sociedade moderna e pós- moderna, é preciso viver uma
inquietação, e
uma instabilidade assistida, que propícia, “movimentos” sofisticados e
polémicos com “ roteiros”, que esperamos, que nos tornem mais completos, por
conseguirmos ir até onde ainda não tínhamos ido e tocar onde ainda não tínhamos
tocado. È desta promessa de satisfação final, que se fazem as grandes procuras.
Devo muito, a alguns “ perigosos” e “elouquecidos”
“babitantes”, de experiências ousadas, como por exemplo, o cinema de Bernard
Bertolluci, ou Stanley Kubrik, que me criaram a necessidade de, privar com a
“transgressão” versus “convenção”. Foi graças; a “ 1900” ; a “ La Luna”; ou á “ Laranja Mecânica”, que eu me lembro, de ter uma, experiência
individual, arrogante e gélida, falsa e assistida por várias satisfações. E foi,
pela mão, precisa destes comparsas e figurantes episódicos, que assinalam muita
ambiguidade e invertem as questões, que eu por momentos entrei no mundo deles.
Por curiosidade. Por
intensidade. Foi graças, a estas experiências, por mundos de memórias e
contradições, de angustias breves e de majestosas epifanias, que eu me lembro, de
ter outras vidas possíveis, sem destinos fixados. Tal como; "Lucy in the Sky With diamonds”. Depois dos
Beatles.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
“ Brutti, Sporchi e Cattivi"
Ettore Scola 1975
Para, quem gosta, de rir da
liberdade linguística e intimismo Freudiano, o cinema Italiano esteve lá.
Ettore Scola, tratou em “ Brutti, Sporchi e Cattivi" da questão entre relações do género, feminino
e masculino com a mensagem que as mulheres, não devem alhear-se do seu papel de
subjugação no mundo em que vivem, isto num
contexto social de divisão
capitalista do trabalho em Italia. E, para apreciar,esta, atitude é preciso ter a vontade de encontrar o
riso na desvinculação dos princípios morais da sexualização. Eu tenho.
È preciso, não temer, o domínio
que é atribuído ao homem pela divisão sexual do género, que, faz com que este seja
um incorrigível, consumidor, do feminino enquanto a existência do mesmo possa servir
a sua sobrevivência e suprimir as suas necessidades.
Esta codificação social, em
contexto, também é capaz de me arrancar o riso. Acredito que há muitos recursos
de atitude que não estão desenhados para o feminino, mais, os acessos desiguais, serão sempre, uma
realidade em algumas matérias.
Neste filme, foi preciso primar
pela escassez da ética para manter o equilíbrio de poderes, ao mesmo tempo,
que, foi dada muito pouca liberdade aos
intervenientes, por forma a que a
submissão, pudesse, ter, um ambiente de realização pleno de cinismo, de
corrosão e de devassidão. Tudo, alimentado, por um notável diferencial de expectativas
entre comportamentos, feminino e masculino.
Pela sugestão, de uma fantástica
linguagem, esta sátira cinéfila, sem cosmética, nem rodeios, é arrebatadora. “ Brutti, Sporchi e Cattivi", tem um tom burlesco
próprio para encenar um festival de atrocidades. E, com pouco espaço, para a
criatividade, parece ser um derivado da lógica. Pessoa dizia, que; “ Nada que
seja arte, resulta de uma aplicação da lógica”. Há excepções.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
“ A ironia é a expressão mais perfeita do pensamento”
Florbela Espanca
Contraste fortuito que
parece um sarcasmo. È a Ironia. Sensível e refinada. Aparentemente valorizante,
serve para desvalorizar. Parece que nunca ninguém tem o que precisa. Quem faz
ironia, só tem uma intenção; desarmar pelos enunciados. Promete concretização
mas torna-se irresistível pela
idealização.
È, para quem quer amar a própria imagem. A
ironia é um narcisismo. Como; o professor Aschenbach, no filme; “Morte em Veneza “, quer
amar a sua própria imagem de beleza “…. aquele sorriso profundo… com o qual
abre os braços ao seu próprio reflexo”, através, de Tadzio, o seu objecto de desejo
por quem se apaixona. A atitude irónica, carece de um reportório, umas vezes para
o trágico, outras para o cómico e tem especial gosto em repelir a hipocrisia, eternizando uns
momentos e dissolvendo outros, porque louvar emoções não significa
reproduzi-las. Existe sempre o paradoxo da impossibilidade e foi assim que Aschenbach, morre ser ter Tadzio.
Ser
irónico, tem disciplina e tem vaidade; é um lugar” bem escolhido “, uma força de
atracção Irresistível, “.. um sorriso coquete, curioso e levemente atormentado,
louco e enlouquecedor…por vezes , um presente fatal” . Uma forma elegante de ser
mau.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
“o
comprimento das coxas é a imagem metafórica do caminho, longo e fascinante (é
por isso que as coxas devem ser longas) “
Milan Kundera
Lembrei-me, que Kundera voltou a escrever com
vigor e criativo; “A festa da insignificância”,
fala do riso e do erotismo e deixa
alguma nostalgia por décadas em que “ o centro da sedução feminina”,
estava nas “coxas, nas nádegas ou nos seios “. Foquei-me nos dois primeiros. A mulher, tem uma natureza, naturalmente
erótica, e, ao seu erotismo corresponde uma narração e uma visualização que a
torna desejável e interessante. Pode ser um gesto, meia frase,
uma postura.
Os libertinos, com maior, ou menor, moderação
na linguagem e descrição nos gestos, vêm o erotismo associado a esta prática,
com uma submissão aparente aos seus usos, para que se faça da estratégia do
desejo um culto da vontade. Uma realização. E muito bem .Neste “savoir-vivre
libertain”; são os instintos a implicar
o corpo e o corpo a ser percebido pela experiência da linguagem. Até os heróis de Dostoievsky, bem
longe, de tocar este drive lutam; “ pela liberdade e pela fantasia.
Com alguma afectação, e sem pudor, o corpo
toma-se como uma especialização de saber, porque, antes demais, no erotismo a
obscenidade, é complexa e a fantasia, galante da grosseria é um apelo que temos
dificuldade em definir. Tem demasiadas garantias ao contrário da “ coqueteria”.
Dizia; Woody Allen que: “ A pornografia é o erotismo dos outros”. Ou ao
contrário. Depende da luz e se nos estamos mais ao perto ou mais ao longe.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
“It Tastes
Like yours but sweeter”
Este supermercado no Canadá,
serve o propósito dos já conhecidos, mas para melhor. Forma uma imagem, contada por produtos diferenciados
e objectos atraentes, que nos fazem retirar mais benefício quando os compramos.
Uma estética inseparável do quotidiano com design exclusivo e arrojado.
Agrada-me esta superfície. Dizia Platão que: “ tudo o que é utíl para nós,deve
ser belo”. Desde a Grécia que esta sinalização foi compreendida para ser
aplicada, em algumas sociedades, a partir dos anos sessenta.
Esta experiência cultural, que é,
comprar pressupõe um atitude diferenciadora, á semelhança da
diferença entre turista e viajante. Este consumidor coloca-se como atento,
curioso, crítico, disponível para experimentar coisas novas. È sofisticado. E
quando compra vive um momento perceptual de prazer. Daí a versão; ´” é igual ao
teu mas mais doce".
"También somos lo
que hemos perdido".
( in Amores Perros)
A vivência fragmentada, brutal e inteligente é
a que nos traz mais esperança. Sem lugares comuns a felicidade chega rude,
intensa e repleta de energia. E, nas vidas anónimas encontram-se as mesmas
coisas que não foram nas nossas vidas, mostra-se, a vulnerabilidade e
complexidade da existência humana. Somos feitos também do que não conseguimos e
isto não nos faz render, faz-nos entreter, cria vários momentos de avanços e
retrocessos. De busca. Quem procura tem a coragem de se reinventar, de se
desvincular para ter encontros que mudem para sempre as nossas vidas.
El
Chivo, personagem ( vagabundo ) do filme “ Amores Perros” foi feliz, a partir
do dia em que resgatou ) cofi ( cão) para o tratar e curar, esta
relação com o animal devolveu-lhe o afecto e o instinto que precisava para
deixar de matar a soldo e voltar á família. Uma apaixonada decisão nos limites
da liberdade e longe, muito longe, do murmurado ” quase me tocas”, ”quase te
toco”. Na violência pode faltar muita coisa, menos um golpe de asa. Este filme
lembra isso.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
“ Este tempo passou, embora seja o nosso…”
( Javier Marías ; “ Os Enamoramentos” )
Há coisas que demoram o seu tempo,
e uma delas é a retoma de períodos históricos, de momentos de grandes mudanças,
de preceitos, de cerimónias, de celebrações. Foi isto, que em parte se quis
fazer nestes anos 2000.
Para quem não sabia de nós, éramos, a geração
da saúde e do culto do corpo, da economia próspera que assistiu ao atentado do
word Trade Center. Do Pós –Modernismo e
da Internet , tudo um “mix feelings” com uma grande nostalgia cultural, trazida
pela globalização ás economias. Uns dias,
consumistas superficiais e outros ambientalistas e anti -globalizantes. Deu nisto, o revivalismo do
sonho Americano já sem a geração beat, que vivia mais do lirismo do que do realismo.
E, já sem “ Paz e
amor” para dar,ficamos cada vez mais ácidos, das experiências da droga, da
perda da inocência e do que nos foi exigido para erguer e protagonizar a indelével
revolução sexual. Inclui-se,
nesta: a cultura gay, o movimento Punk , o transtorno de viver a geração Aids e
ainda, todo o preconceito e intolerância de muitos envolvidos. Na altura, fomos
hedonistas e individualistas. Sem compromissos. Era o Niilismo, com muitos “
super -Homens”, idealizados pelo cinema que deram filmes de catástrofe. Pragmáticos e
agressivos que protagonizaram adultos
mergulhados nas almas dos seus personagens. Nada de “ cinema teen”, como nos
idos anos oitenta.
Vidas, só se aceitam sem constrangimentos, foi o
“mainstreem”, até ao olhar do cinema independente americano que pega no mito do
eterno retorno, a alguma integridade perdida; essa contracultura sexual que ficou lá atrás, refém da “ Paz e do Amor” e deu no “ Shortbus”, que pode não ser,
do melhor que o cinema já viu,mas explora o desejo sexual de forma hedónica e bem humorada.
O que confunde, é que o sexo aparece como uma ultima
tentativa de afecto, de preenchimento de vazio existencial , provocado em parte
pela fragmentação da sociedade Ocidental. E isto, pode ser muito da inocência que existe
dentro de nós. Daquilo que nos faz realmente mover. È pueril. O erotismo perdeu
espaço, e a líbido foi formatada e massacrada pela civilização, que deixa um
prazer imediato e rarefeito. Só aparência, sem espaço para a memória e
principalmente para a liberdade de viver o imaginário. È a solidão. O desprazer
pós-sexo, por vezes um terror contemporâneo. Um gosto amargo, sem contraste do
doce. Como diz o dono do clube shortbus; “ È como nos anos 60, mas com menos
esperança”. E disse tudo.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
"não encontramos mais do que aquilo de que precisamos
profundamente"
(Walter
Gropius)
Apesar, de permanentes ameaças e de castigos
sem fim, Telavive, a; “Cidade Branca ”em Israel consegue manter
um dos maiores espólios de arquitectura Bauhaus em todo o Mundo. A imagem Bauhaus, perpetua, o espírito da época dos
anos vinte; uma atitude acelarada para festejar a vida.
Após 1918, surge
na alemanha a Staatliches-Bauhaus, um movimento que influenciou a Europa e a América do Sul para
fazer da obra do quotidiano, uma obra de arte. Uma diáspora arquitectónica e plástica
a que aderiram aqueles que acreditavam em padrões de qualidade menos
transitórios que as constantes mudanças da industrialização. Esta intervenção
que prima pela anarquia da máquina e pelo sacrifício dos padrões “ reais “ de
produção conduz á utilidade da ideia de “ belo” simplificada e de visual “
clean”, adoptado, hoje, por marcas, como a Apple.
Esta tensão “ orgânico-mecânica”,
apologista de : “ less is more” teve os seus percursores; Oscar Niemeyer que construíu Brasília, Van Der
Rohe entre outros, bem como Moholy
–Nagy, Klee, Sclemme através da pintura.
Unidos pela ideia de disfrutar, diariamente, através das suas criações, da “evidência
da vida estética “ como uma
“evidência da vida real”.
Construíram-se, assim, casas e
edifícios para serem; “ maquinas de habitar” como define, Corbusier, vivendo
uma conjugação perfeita entre arte e ciência. Na Bauhaus; (tua casa) disfruta-se,
a “evidência da vida estética”, com tendências funcionalistas, que, pese embora,
tenham sido em 1933 ameaçadas no seu
percurso pelo veto do regime Nazi ,
continuaram a ser conduzidas, por quem nunca, abdicou desta conquista
arquitectónica repleta de liberdades, de avanços científicos e esplendor
civilizacional. De conquistas.
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