“o
comprimento das coxas é a imagem metafórica do caminho, longo e fascinante (é
por isso que as coxas devem ser longas) “
Milan Kundera
Lembrei-me, que Kundera voltou a escrever com
vigor e criativo; “A festa da insignificância”,
fala do riso e do erotismo e deixa
alguma nostalgia por décadas em que “ o centro da sedução feminina”,
estava nas “coxas, nas nádegas ou nos seios “. Foquei-me nos dois primeiros. A mulher, tem uma natureza, naturalmente
erótica, e, ao seu erotismo corresponde uma narração e uma visualização que a
torna desejável e interessante. Pode ser um gesto, meia frase,
uma postura.
Os libertinos, com maior, ou menor, moderação
na linguagem e descrição nos gestos, vêm o erotismo associado a esta prática,
com uma submissão aparente aos seus usos, para que se faça da estratégia do
desejo um culto da vontade. Uma realização. E muito bem .Neste “savoir-vivre
libertain”; são os instintos a implicar
o corpo e o corpo a ser percebido pela experiência da linguagem. Até os heróis de Dostoievsky, bem
longe, de tocar este drive lutam; “ pela liberdade e pela fantasia.
Com alguma afectação, e sem pudor, o corpo
toma-se como uma especialização de saber, porque, antes demais, no erotismo a
obscenidade, é complexa e a fantasia, galante da grosseria é um apelo que temos
dificuldade em definir. Tem demasiadas garantias ao contrário da “ coqueteria”.
Dizia; Woody Allen que: “ A pornografia é o erotismo dos outros”. Ou ao
contrário. Depende da luz e se nos estamos mais ao perto ou mais ao longe.
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