segunda-feira, 20 de outubro de 2014

 


“o comprimento das coxas é a imagem metafórica do caminho, longo e fascinante (é por isso que as coxas devem ser longas) “
 Milan Kundera

 Lembrei-me, que Kundera voltou a escrever com vigor e criativo; “A festa da   insignificância”, fala do  riso e do erotismo  e deixa  alguma nostalgia por décadas em que “ o centro da sedução feminina”, estava nas “coxas, nas nádegas ou nos seios “. Foquei-me nos dois primeiros. A mulher, tem uma natureza, naturalmente erótica, e, ao seu erotismo corresponde uma narração e uma visualização que a torna desejável e interessante. Pode ser um gesto, meia frase, uma postura.

 Os libertinos, com maior, ou menor, moderação na linguagem e descrição nos gestos, vêm o erotismo associado a esta prática, com uma submissão aparente aos seus usos, para que se faça da estratégia do desejo um culto da vontade. Uma realização. E muito bem .Neste “savoir-vivre libertain”;  são os instintos a implicar o corpo e o  corpo a ser  percebido pela experiência da  linguagem. Até os heróis de Dostoievsky, bem longe, de tocar este drive lutam; “ pela liberdade e pela fantasia.
 Com alguma afectação, e sem pudor, o corpo toma-se como uma especialização de saber, porque, antes demais, no erotismo a obscenidade, é complexa e a fantasia, galante da grosseria é um apelo que temos dificuldade em definir. Tem demasiadas garantias ao contrário da “ coqueteria”. Dizia; Woody Allen que:  “ A pornografia é o erotismo dos outros”. Ou ao contrário. Depende da luz e se nos estamos mais ao perto ou mais ao longe.

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