“Annie Hall”,
1977
Annie Hall: Sometimes I ask myself how I'd stand up under torture.
Alvy Singer: You? You kiddin'? If the Gestapo would take away your Bloomingdale's charge card, you'd tell 'em everything.
Humor. Diz –se
que é diferente da ironia, porque esta só tem
o lado corrosivo ,e pronuncia –se
de forma implacável. Já a satira,
demonstra a nossa capacidade de indignação de forma divertida, lança castigos a
alguns e fulmina abusos a outros. O Humor é coragem e destreza verbal. Quem faz
humor é um virtuoso do entretenimento. O ser caustíco, mordaz, e irónico é para
ser visto á posteriori.
No humor, o que conta é o momento da criação. Eleva quem
o faz e mima, por vezes, aqueles a quem
se dirige, outras vezes, as preces humorísticas, certeiramente dirigidas, não
contemplam apelos. São, instrumentos bélicos
de arremesso a incautas vítimas. No fim, estes movimentos, repousam-nos a alma.
O humor, derruba uns paradigmas para criar
outros e é um desbloqueador da linguagem. Um recurso que nos coloca no centro
da história. Acrescenta aquela Inspiração de que carece o quotidiano e preenche as intermitências detectadas nos “eleitos”,
ficando, estes , prisioneiros dos nossos
profícuos imaginários. O humor vem de uma matéria prima, social , cultural ,
pessoal, desde que esta possa resultar numa experiência de bem-me-quer ou mal-
me quer, que não se consegue evitar.