O Decor
( Hotel Budapeste , Wes Anderson ,
2014)
O Decór, é um incitamento feroz. Este, é um assunto que não relativizo, se pudesse, revivia vezes sem conta áreas estéticas onde já fui feliz, quase como aqueles ratos que carregam e carregam num pedal ligado aos seus centros de prazer e só param quando morrem. Quero dizer, que não tenho a mais pálida tendência abstémica quando estou perante a possibilidade de habitar e assimilar uma atmosfera que me agrada.
Decor que se queira , é sempre um ponto de
referência e convida a viver o que ficou
longe da tragédia da banalidade inocente. Ali, partes individuais do nosso
corpo vão para paraísos diferentes.
Os cenários são vários; alguns excêntricos com
corredores intrigantes, outros majestosos com salões lindos, cozinhas felizes,
almofadas decentes, alcovas onde se conversa baixo, comodas antigas, ás
vezes, surpreendentes casas de bonecas .
Tudo provas que a vida não nos falha. Cenários não são acessórios, antes
histórias, confusões e mistérios . Algumas podem ser contadas.