segunda-feira, 27 de outubro de 2014




Brutti, Sporchi e Cattivi"

      Ettore Scola 1975
 
 Para, quem gosta, de rir da liberdade linguística e intimismo Freudiano, o cinema Italiano esteve lá. Ettore Scola,  tratou  em “ Brutti, Sporchi e Cattivi"  da questão entre relações do género, feminino e masculino com a mensagem que as mulheres, não devem alhear-se do seu papel de subjugação no mundo em que vivem, isto  num  contexto social  de divisão capitalista do trabalho em Italia. E, para apreciar,esta, atitude é preciso ter a vontade de encontrar o riso na desvinculação dos princípios morais da sexualização. Eu tenho.
 
 È preciso, não temer, o domínio que é atribuído ao homem pela divisão sexual do género, que, faz com que este seja um incorrigível, consumidor, do feminino enquanto a existência do mesmo possa servir a sua sobrevivência e suprimir as suas necessidades.
 Esta codificação social, em contexto, também é capaz de me arrancar o riso. Acredito que há muitos recursos de atitude que não estão desenhados para o feminino, mais,  os acessos desiguais, serão sempre, uma realidade em algumas matérias.

 Neste filme, foi preciso primar pela escassez da ética para manter o equilíbrio de poderes, ao mesmo tempo, que, foi dada muito pouca liberdade  aos intervenientes,  por forma a que a submissão, pudesse, ter, um ambiente de realização pleno de cinismo, de corrosão e de devassidão. Tudo, alimentado,  por um notável diferencial de expectativas entre comportamentos, feminino e masculino.

 Pela sugestão, de uma fantástica linguagem, esta sátira cinéfila, sem cosmética, nem rodeios, é arrebatadora. Brutti, Sporchi e Cattivi", tem um tom burlesco próprio para encenar um festival de atrocidades. E, com pouco espaço, para a criatividade, parece ser um derivado da lógica. Pessoa dizia, que; “ Nada que seja arte, resulta de uma aplicação da lógica”. Há excepções.

 

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