“ Brutti, Sporchi e Cattivi"
Ettore Scola 1975
Para, quem gosta, de rir da
liberdade linguística e intimismo Freudiano, o cinema Italiano esteve lá.
Ettore Scola, tratou em “ Brutti, Sporchi e Cattivi" da questão entre relações do género, feminino
e masculino com a mensagem que as mulheres, não devem alhear-se do seu papel de
subjugação no mundo em que vivem, isto num
contexto social de divisão
capitalista do trabalho em Italia. E, para apreciar,esta, atitude é preciso ter a vontade de encontrar o
riso na desvinculação dos princípios morais da sexualização. Eu tenho.
È preciso, não temer, o domínio
que é atribuído ao homem pela divisão sexual do género, que, faz com que este seja
um incorrigível, consumidor, do feminino enquanto a existência do mesmo possa servir
a sua sobrevivência e suprimir as suas necessidades.
Esta codificação social, em
contexto, também é capaz de me arrancar o riso. Acredito que há muitos recursos
de atitude que não estão desenhados para o feminino, mais, os acessos desiguais, serão sempre, uma
realidade em algumas matérias.
Neste filme, foi preciso primar
pela escassez da ética para manter o equilíbrio de poderes, ao mesmo tempo,
que, foi dada muito pouca liberdade aos
intervenientes, por forma a que a
submissão, pudesse, ter, um ambiente de realização pleno de cinismo, de
corrosão e de devassidão. Tudo, alimentado, por um notável diferencial de expectativas
entre comportamentos, feminino e masculino.
Pela sugestão, de uma fantástica
linguagem, esta sátira cinéfila, sem cosmética, nem rodeios, é arrebatadora. “ Brutti, Sporchi e Cattivi", tem um tom burlesco
próprio para encenar um festival de atrocidades. E, com pouco espaço, para a
criatividade, parece ser um derivado da lógica. Pessoa dizia, que; “ Nada que
seja arte, resulta de uma aplicação da lógica”. Há excepções.
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