terça-feira, 4 de agosto de 2015

 

        “ Ema Bovary,  c'est moi", d'après moi “

           ( Gustav Flaubert)


Pertencer. Muitas opções e decisões, para o regresso ao ponto de partida. Pertencer, precisa  de uma  Identidade, de uma história. Precisa de mim. Precisa de, por mim. Tem-se, uma história, feita de objectos, cuja utilidade, é produzir um clima. Um clima, que se quer habitar. Mais, no qual se quer estar implicado. A forma que lhe damos é uma disposição mental, por conseguinte, tudo o que se inventar torna-se verdadeiro. Nas sociedades, pós-modernas,  a identidade,  é uma celebração móvel, menos fixa ou permanente.

Mesmo enegrecida, e desfigurada, desaparecida ou esquecida, há na identidade um clima que se constrói e no qual se é construído. Uma celebração em que se modifica para ser modificado. Os objectos, desses momentos, são corpos que revertem em beneficio pessoal, e,  rejeitam-se  como inúteis,  os que não, nos satisfaçam, de imediato, o desejo. De quê?

De representar, um individual capaz de nos reanimar sempre  do que se sente e do que se imagina, desde os encontros mais longínquos aos encontros mais recentes. E com isto, fazer uma história do quotidiano em que a expressão possa ter mais forma que o conteúdo. Uma visão romântica do mundo onde a beleza seja sempre cobiçada.No contraste com as outras vidas.

 


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