“ Gran Torino” , 2008
A América , esse lugar para onde se mudou a história
Walter
Kowalski, parecia-se, com a visão romântica de um país rebelde que não quer ser
ocupado. Reservado, tímido, de poucas palavras não dava afectos e cimentava
menos relações, afundado na trivialidade e até certo ponto desordeiro. A mulher
estava morta. Parecia, não haver nenhum engano da natureza ,
a cara não assentava na generosidade. O que havia para viver neste homem, eram as
ideias das diferenças de etnias, contidas e sustentadas por um frágil equilíbrio. Walter Kowaslki, tinha a sua parte no mosaico americano, era um
ex combatente da guerra da Coreia, ao volante de
um Gran Torino. Conduzia assim, pelo caleidoscópio Americano.
Faltava-lhe, conhecer, a contradição para ganhar
em vitalidade, faltava-lhe reconhecer que os E.U.A, serão sempre uma herança
reclamada por todos, pelos mais fracos inclusive. E, que, o maior triunfo, de
uma sociedade multicultural é ser capaz de dar visibilidade aos seus espectros.
Este filme fala disso. E muito bem.
Fala do desenvolvimento humano que estimula a
descoberta do pessoal, fala da conquista de uma linguagem comum. O relativismo
cultural, aparece em Thao Vang Lor, com uma aparente fragilidade, mas traz
desenvolvimento, e é este, que nos salva da morte, da aniquilação, e do
esquecimento e se necessário dá-nos a redenção.
Com ,Thao
Vang Lor e Walter Kowaslki , não demoramos a agradecer á importância da
diferença e a defendê-la, até á morte; Aprendemos ...” em tempo de pestilência:
que há nos homens, mais coisas a admirar do que a desprezar”. ( Albert
Camus) E que, essas fileiras de casas
não chegam a estar á distância de alguns quarteirões.
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