Era inevitável”. Florentino e Firmina Daza, não
se tinham cumprindo até então, na verdade não se tinham esgotado. Foi por isso,
que o tempo de serem jovens se prolongou apesar de todos os artifícios do
passado.
As primeiras coisas, se nos ficam, gostamos de
as viver, através de um tempo distorcido, até mesmo através de outros, como se
mergulhassemos, na penumbra, do que
deixou de ser urgente. Florentino, quis, recordar o destino dos amores
contrariados, ás vezes, fazendo turnos mas, sem nunca se deixar atenuar. E
sabia que, o que o contrariava só
trazia os factos como eles são; um bocado de trabalho duro e mal pago e a
Firmina a interdição a comportamentos impetuosos.
Florentino, acreditava que o que se faz
sozinho, não tem magia, não tem influências, por isso precisou de
Firmina e foi buscar esse pedaço de prosa que havia guardado na memória
e que tanto plagiou, até somar “… 51 anos, nove meses e 4 dias “ de procura.
Esta procura, foi uma experiência , singularmente certa, uma promessa de
futuro que ganhou a todas as necessidades do momento, e , por muito
tentadoras que estas tivessem sido, não chegaram tão longe.
Não basta nascer no lugar, é preciso
transformar o lugar. Arranjar, maneira de entregar a carta e deixar que esta
floresça alguma coisa no espaço dessa memória. E, o mérito de quem a recebe, é
levar-nos á letra e ser capaz de duvidar que essas tenham sido as ultimas
palavras. E este foi, talvez, o mais difícil triunfo de Florentino; esse “
caçador” solitário.
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