quinta-feira, 15 de outubro de 2015

 
“ Gratidão, essa história com nomes maiores”
Lisboa. Quinta-feira. Se me perguntarem o que é a gratidão, vou chamar,  Simmel,    que a definiu como a “ memória moral da humanidade”.  Pode ser que um dia, alguém ainda sem nome, faça esta fotografia e que nela aponte todos os lugares, em que, nos apresentámos e que fomos mais felizes. Quando, uma palavra me remete mais ao silêncio, vou buscá-la ao latim, fico com a ideia que a tive mais tempo. Foi assim com a gratidão, diz-se,  “ gratia”  o equivalente a  agradável .
 Era a altura de escrever, o que não tinha dito sobre o mundo dos outros e o meu, lembrei-me  daquela frase, de um discurso de Churchill, que diz que; “ ….nunca   tantos deveram a tão poucos..” e, deixei-me ir, á minha frente, sobravam muitos gestos para serem ainda executados.
 Pensei: A gratidão tem este programa, simples que permite ao tempo ficar quieto por instantes, isolando o fio do acaso, a queda sem rede, o castigo de Deus, a ira dos homens para nos garantir, a nós, sonhadores sonâmbulos, amantes sem amor e militantes trémulos de várias causas, que o mundo é esta bênção, que nunca nos fará sentir abandonados e que somos os autores memoráveis desta existência;
A gratidão não é uma   rua,  é o  Mundo, mesmo aquele em que eu ouvia o teu sono inquieto ao meu lado sem nunca sonhar com medo,  nesses momentos era tomada pela sensação de improviso, de uma  viagem de ferias sem regresso.
 Gratidão, ás lições que foram escritas em guardanapos, aos livros  que me fizeram estar na pele de tantos personagens, não me deixando colar á realidade,  que me conseguiram  revoltar o espírito, até  aprender dentro deles quase tudo. Que, não me deixaram ficar   intacta e me permitiram escrever. Quando falo disto fico em silêncio.

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