sexta-feira, 15 de maio de 2015


  

   Kwaheri

  ( goodbye)


África. Ora a braveza do sol ora a secura da terra, paisagem  de beleza proporcional e equilibrada, que transcende as medidas da cintura, dos quadris, da cor dos olhos, dos trançados dos cabelos, da graça das danças e das estamparias dos tecidos. Uma sede de eternidade, um destaque pronto  a mexer com o  imaginário.

E , quando o Sol vai baixo e alonga demasiado a minha sombra,  reserva-me sempre a surpresa de me fazer esquecer o desiquilibrio mais profundo, do suor, que corre no rosto de quem chama a sí a parte mais dura. De Africa, guardei a eternidade de um ambiente sem muita modificação feito para seguir as tendências naturais da vida, impressões de uma estética ampliada. Guardei a riqueza da  hospitalidade e a  sabedoria dançante, ritualista e misteriosa.

Por me parecer um lugar mágico com uma especie de fronteira por onde tudo se atravessa , convenci-me que do meio dela de avista felicidade e euforia. È verdade.

Que mais ficou? O banho no alpendre numa tina de água fria e o adeus que demorou um ror de tempo. Parte de mim. E tudo recomeçou.

 

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