quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

“Annie Hall”, 1977

Annie Hall: Sometimes I ask myself how I'd stand up under torture.

Alvy Singer: You? You kiddin'? If the Gestapo would take away your Bloomingdale's charge card, you'd tell 'em everything.


Humor.  Diz –se que é diferente da ironia, porque esta só tem  o lado  corrosivo ,e pronuncia –se  de forma implacável. Já a satira, demonstra a nossa capacidade de indignação de forma divertida, lança castigos a alguns e fulmina abusos a outros. O Humor é coragem e destreza verbal. Quem faz humor é um virtuoso do entretenimento. O ser caustíco, mordaz, e irónico é para ser visto á posteriori.

 
No humor, o  que conta é o momento da criação. Eleva quem o faz e  mima, por vezes, aqueles a quem se dirige, outras vezes, as preces humorísticas, certeiramente dirigidas, não contemplam apelos.  São, instrumentos bélicos de arremesso a incautas vítimas. No fim, estes movimentos, repousam-nos a alma.


 O humor, derruba uns paradigmas para criar outros e é um desbloqueador da linguagem. Um recurso que nos coloca no centro da história. Acrescenta aquela Inspiração de que carece  o quotidiano e preenche as  intermitências detectadas nos “eleitos”, ficando, estes ,  prisioneiros dos nossos profícuos imaginários. O humor vem de uma matéria prima, social , cultural , pessoal, desde que esta possa resultar numa experiência de bem-me-quer ou mal- me quer, que não se consegue evitar.

 

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