segunda-feira, 4 de agosto de 2014

" Lovemaps"




  
Lovemaps

Este script, não tem uma legibilidade imediata. Alguém já tinha dito, que o mundo existe para acabar num livro, acrescento, em imagens, que procuram alianças com o outro, com a condição, que os segredos sejam revelados. Recrutam-se experiências de esplendor, pela arbitrariedade das palavras e dos gestos dos quais não conseguimos extraír um só significado.

A encenação privada do desejo, pressupõe que alguém esteja apaixonado por essa representação de ser belo, sensual e principalmente autêntico. È uma corporalidade. Uma experiência individualmente significativa ; "ficámos mais autênticas quanto mais nos parecemos com aquilo que sonhamos que somos “ (  in “Tudo sobre a Minha Mãe “  de Pedro Almodôvar).

O script sexual, tem o seu modelo, de “ acção”, e pressupõe uma vinculação social, que pode ser, matéria privilegiada de confissão para quem rejeita viver o corpo, tornando-se,  numa encenação de interdição. O Purismo, manifestado na religião, assume esta condenação do processo construtivo da sexualidade, não conseguindo pensar e admitir esta, à margem de um formato político de categorias fixas e polarizadas, que incluem limitativas representação de “papeís” sexuais entre géneros.

Não havendo desvio das normas, não existem expectativas nas condutas. È pudor e “falso” pudor, que, sem fluidez na fantasia não assume a ideia de..” não haver sabedoria sem angustia nem haver felicidade sem dissolução” …, para que nos possamos  “ tornar outro “. Por momentos.

 

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